Você sabia que mesmo com uma desvalorização de quase 100% as ações da Oi (OIBR3, OIBR4) ainda podem render um bom dinheiro? Com este método sim.
As ações da Oi (OIBR3, OIBR4) tiveram uma imensa desvalorização nos últimos anos. A Oi foi protagonista, na época em que foi aprovada a medida, da maior recuperação judicial de nossa história (até 2017): R$ 65 bilhões em dívidas e 55 mil credores.
Em 2019, a operadora informou que espera arrecadar entre R$ 6,5 bilhões e R$ 7,5 bilhões com a venda de ativos. Esse valor equivale a cerca de 70% do seu valor atual. Com isso, a estimativa é que a empresa saia da recuperação judicial, mas estará irremediavelmente mais fraca que suas concorrentes.
Eu diria, então, que o objetivo deste artigo é mostrar para o leitor que, por maior que uma empresa seja, nada impede que ao longo dos anos ela se deteriore e, com isso, o valor de suas ações em igual proporção.
Por isso, devemos ter cuidado ao encarar ações como investimento e nossas decisões devem ser embasadas no comportamento do mercado (que é impiedoso em suas avaliações).
As ações da Oi se dividem da seguinte forma:
- Ordinárias (OIBR3) 5.796.477.760
- Preferenciais (OIBR4) 157.727.241
- Total 5.954.205.001
Como podemos ver, o número de ações ordinárias é bem superior ao de ações preferenciais.
E, como observaremos a seguir, o número de ações em free float (livre negociação) é praticamente total:
Quantidade de Ações Ordinárias em livre negociação (OIBR3) | 5.796.443.362 | 100,00 |
Quantidade de Ações Preferenciais (OIBR4) | 155.915.462 | 98,85 |
Total de Ações | 5.952.358.824 | 99,97 |
Compensa comprar ações da Oi (OIBR3, OIBR4)?
Considerando que a Oi (OIBR3, OIBR4) está em recuperação judicial e o objetivo desta medida é, justamente, melhorar as condições financeiras da companhia e também considerando que já caiu bastante, seria esta a hora certa de investir nestes ativos?
Se atribuirmos a cada ação o seu mísero valor atual e multiplicarmos pelo número de ações, ainda assim, dá para atribuir um valor de capitalização de R$ 4,5 bilhões.
É um número razoável, mas é pouco pra uma empresa do tamanho da Oi.
Fica a pergunta: esse capital social não deveria valer mais que isso, sobretudo se considerarmos uma possível aquisição por uma companhia em melhores condições?
Será que não é uma oportunidade que está surgindo?
Por outro lado, como as coisas estão difíceis pra Oi, fontes dizem que os investimentos em 4G e 5G da companhia foram fracos nos últimos anos e, assim, não participará do leilão marcado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de novas frequências. O leilão deve acontecer no começo de 2020.
O objetivo deste artigo é, assim, contar brevemente o que está por trás de todos os problemas da Oi (OIBR3, OIBR4), a história da companhia, o perfil de seus negócios e nosso posicionamento no que diz respeito a se posicionar em ações e outros ativos da bolsa com a postura de “investidor”.
- O que é a Oi e suas ações (OIBR3, OIBR4)?
- Ações da Oi (OIBR3, OIBR4): onde e como são negociadas?
- Quais são os principais possuidores de ações da Oi (OIBR3, OIBR4)?
- Formas de ganhar em ações da Oi (OIBR3, OIBR4)?
- Investir ou não investir em ações da Oi (OIBR3, OIBR4): qual decisão tomar?
- Ficou interessado em ações da Oi (OIBR3, OIBR4)? Veja os custos e taxas pra começar
- Como o Raio X Preditivo pode ajudar
- Como faço pra comprar ações da Oi (OIBR3, OIBR4)?
- Conclusão
Como veremos, até mesmo empresas como a Oi (OIBR3, OIBR4), caindo ou subindo de preço, nos dão oportunidades de tirar dinheiro do mercado. Tudo depende de como fazemos isso.
O QUE É A OI E SUAS AÇÕES (OIBR3, OIBR4)?
Segundo a página das ações da Oi (OIBR3, OIBR4) no site da B3, a bolsa de valores brasileira, a companhia se situa na seguinte categoria:
A Oi (OIBR3, OIBR4) já foi conhecida como Telemar. Ela é uma das muitas concessionárias de telecomunicações operando no país.
Seu maior mercado é o de telefonia fixa por aqui.
Agora, pense comigo, quando foi a última vez que você viu alguém usando um telefone fixo. Mesmo nos ambientes comerciais está ficando raro.
Ser líder no mercado de telefonia fixa é o mesmo que ser líder no mercado de diligências e charretes.
Em telefonia móvel está em quarto lugar. Na América do Sul, de um modo geral, se situa em terceiro lugar.
Estimativas mostram que a base de clientes da companhia é a seguinte:
- 57 milhões de clientes (total)
- 14,7 milhões de UGRs residenciais, compreendendo telefones fixos, Banda Larga e TV por Assinatura;
- 35 milhões de clientes no segmento de mobilidade pessoal, sendo 27,3 milhões de usuários pré-pagos e 7,7 milhões de pós-pagos;
- 6,7 milhões de usuários no segmento Empresarial/Corporativo, divididos telefones fixos, móveis e Banda Larga; e
- 0,6 milhão de telefones de uso público (TUPs).
A Oi (OIBR3, OIBR4) foi criada na privatização do Sistema Telebrás (1998), ficando responsável por uma fatia considerável do sistema de telefonia fixa brasileiro, tendo, como resultado atual, presença em 25 estados da federação, incluindo o Distrito Federal.
Entre seus serviços:
- Telefonia
- Televisão por assinatura
- Internet banda larga
Em 2010, a Oi (OIBR3, OIBR4) comprou a Portugal Telecom. No fim, vendeu os ativos operacionais da portuguesa para a holandesa Altice, em 2015.
Isso é só um caminho resumido da história da Oi. Como podemos constatar, a Oi (OIBR3, OIBR4) é resultado de inúmeras incorporações e aquisições cujo objetivo sempre foi a abrangência e o atendimento nacional. Por exemplo: em 2011, quem tinha ações da Tele Norte Leste Participações e da Telemar Norte Leste receberam ações ordinárias BRTO3 da Brasil Telecom que, por sua vez, dois anos antes disso, foi incorporada pela Telemar, dona da marca Oi
Em 2012, a BRTO3 mudou pra o código OIBR3 e passou a pertencer à lista de ativos Nível 1 da bolsa de valores. Desde então só despencou.
Como Telemar, surgiu em 1963 e era negociada na então Bovespa desde 1992.
O que são as ações da Oi (OIBR3, OIBR4)?
Quando uma companhia decide que deve expandir os seus negócios, pode recorrer a empréstimos ou financiamentos. Mas essas escolhas sofrem da incidência de juros. Pode sair caro e comprometer os resultados.
Uma opção muito boa e muito bem vista pelo mercado é a abertura do capital. Assim, a empresa abre capital e lança ações para serem negociadas na bolsa de valores.
Uma ação é, figurativamente falando, um pedacinho da empresa, a menor fração de seu capital social.
Quando compro ações de uma companhia, me torno sócio e participo de seu crescimento (ou de sua derrocada), na mesma proporção do número de ações que comprei.
Ao vender seu capital social em forma de ações, a companhia recolhe recursos para investir em seus projetos e se compromete com aqueles com quem está dividindo o risco, os investidores.
Se tudo der certo, a empresa vai aumentar de valor. Em consequência, as ações também. E não só isso: a companhia poderá dividir seus lucros com os investidores em forma de dividendos.
Infelizmente, desde 2013 este não é o caso da Oi (OIBR3, OIBR4).
Acompanhe:
Por que as ações da Oi (OIBR3, OIBR4) caíram tanto?
Como já contamos, a Oi (OIBR3, OIBR4) surgiu com a privatização da Telebrás em 1998. O negócio envolveu R$ 22 bilhões, a maior soma daquela década. Inicialmente, surgiu a Telemar Norte (futura Oi) e a Brasil Telecom. Estavam separadas, mas a Oi a comprou dez anos depois.
Essa união criou uma companhia com receita bruta anual de mais de R$ 40 bilhões. Na época, ela passava a ser responsável por 22 milhões de telefones fixos e 30 milhões de celulares.
Muito bem... aí passamos a falar de “financiamentos”. E financiamento é, basicamente, dívida.
O dinheiro da operação veio do BNDES (R$ 2,5 bilhões), do Banco do Brasil (R$ 4,3 bilhões) e fundos de pensão (R$ 3 bilhões).
É aí que tudo começa a se complicar: com a entrada da Portugal Telecom na história.
Em 2010, a Portugal Telecom, não sem antes haver diversas complicações diplomáticas, legais e empresariais, comprou cerca de 22% da Oi (OIBR3, OIBR4) por R$ 9 bilhões. Levou, então, três anos para os portugueses e os brasileiros começarem a pensar na ideia de fundir as duas companhias.
Para levantar fundos para a operação, a Portugal Telecom comprou a dívida de um grande banco privado português. Sem combinar os detalhes da jogada com a Oi, a portuguesa só receberia o valor depois de muito tempo.
Porém, a Oi precisava do dinheiro urgentemente.
Finalmente, como nada estava muito certo, a companhia de Portugal deu para trás. Para completar a lambança. A Oi passou a negociar a venda de sua parte na Portugal Telecom.
Não deu muito certo. Houve oferta bilionárias. Mas não foram aceitas. Até a possibilidade da união com a Tim foi aventada (hipótese que, até hoje, é levantada). E, como nos negócios não há muito tempo para hesitação, a Oi (OIBR3, OIBR4) termina essa história em 2016 com uma dívida de R$ 65 bilhões e o pedido de recuperação judicial aceito em 2017.
Histórico da empresa e de suas ações (OIBR3, OIBR4)
Entre 1998 e 2008, as histórias da Oi (OIBR3, OIBR4) e Brasil Telecom correram paralelamente quando, finalmente as duas se uniram.
1998
Oi (OIBR3, OIBR4) – Criação da Telemar, com a atuação em 64% do território nacional.
Brasil Telecom – Criação da Brasil Telecom, com atuação em 30% do território brasileiro. Início da implantação da Supervia Digital
1999
Oi (OIBR3, OIBR4) – Criação do código 31 regional. Construção do backbone digital em fibras óticas
Brasil Telecom - Implantação do Código de Seleção de Prestadora (CSP) 14
2000
Oi (OIBR3, OIBR4) – Entrada no mercado de internet em alta velocidade. Unificação de atendimento das 16 operadoras regionais.
Brasil Telecom – Unificação de nove operadoras controladas em uma só empresa. Sociedade no IG. Incorporação da Companhia Riograndense e Telecomunicações (CRT).
2001
Oi (OIBR3, OIBR4) - Integração das 16 Empresas do Norte, Nordeste e Sudeste da Telemar, para formar uma Empresa única.
Brasil Telecom – Lançamento do Turbo, acesso banda larga ADSL. Ações preferenciais foram listadas na Bolsa de Valores de Nova York.
2002
Oi (OIBR3, OIBR4) – Criação da Oi, que já alcançou 1,4 milhão de clientes em dezembro do mesmo ano
Brasil Telecom - Adesão ao Nível 1 de Governança Corporativa da Bovespa
2003
Oi (OIBR3, OIBR4) - Oferta de serviços convergentes no país com o pacote "Oi Família".
Brasil Telecom - Lançamento do BrTurbo Asas nas principais capitais do país
2004
Oi (OIBR3, OIBR4) - Marca de 5 milhões de clientes de telefonia móvel e liderança na área de atuação
Brasil Telecom – Aquisição do IG e liderança no mercado de internet do país
2005
Oi (OIBR3, OIBR4) - liderança e market share na área de atuação do Oi Móvel
Brasil Telecom - Plano de Numeração de 8 dígitos
2006
Oi (OIBR3, OIBR4) – Aquisição da Way TV
Brasil Telecom – Maior lucro líquido e o maior EBITDA da história da companhia
2007
Oi (OIBR3, OIBR4) - Grau de investimento pela agência de classificação de risco Fitch Rating’s. Entrada no Mercado de São Paulo
Brasil Telecom – Marca de 4 milhões de clientes móveis, após três anos de operação
2008
Oi - Controle acionário da Amazônia Celular. Proposta de compra do controle acionário da Brasil Telecom Participações. Passou a fazer parte do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa
Brasil Telecom - Lançamos a rede 3G e pacotes de ofertas convergentes
2008 até hoje
A partir daqui, as histórias da Oi e da Brasil Telecom se tornaram uma só:
2009
Controle da Brasil Telecom e atuação em todo o território nacional. Migração dos clientes da Amazônia Celular para a Oi. Desbloqueio de aparelhos na Região II. Portabilidade para todo o Brasil
2010
Integração operacional com Brasil Telecom. Interrompido o processo de simplificação societária na Brasil Telecom após acionistas minoritários rejeitarem a relação de troca proposta para incorporá-las à Telemar Norte Leste S.A. Aliança industrial com a Portugal Telecom. Na Colômbia, inauguração de um escritório da Globenet, empresa de cabos submarinos que liga o Brasil ao Caribe e aos Estados Unidos, para oferecer capacidade de rede para operadoras de Telecom e provedores de internet locais. Parceria com o Banco do Brasil e a Cielo para serviços de pagamento através de celulares. 14 estados atingidos pela Oi TV. Primeiro dia do Investidor (Oi’s Day) da história da Companhia em São Paulo e Nova Iorque. Passa a fazer parte do Índice Carbono Eficiente (ICO2) da Bovespa.
2011
Contrato formalizando a aliança industrial entre Oi e Portugal Telecom. Prevê a aquisição de participação na Portugal Telecom pela Oi e aquisição de participação na Oi pela Portugal Telecom.
2012
Conclusão do processo de Reorganização Societária iniciado em 2011. Início da negociação das ações da Oi S.A. na Bolsa de São Paulo e na Bolsa de Nova Iorque. Atinge 10% de participação no capital social da Portugal Telecom. Adquire frequências 4G, pagando o menor ágio entre as operadoras que adquiriram licenças de abrangência nacional.
2013
6º ano consecutivo, no ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da BMF&BOVESPA). União das Atividades da Oi S.A. e da Portugal Telecom. Listagem pela primeira vez no índice Dow Jones de Sustentabilidade.
2014
Conclui aumento de capital com a aquisição dos ativos portugueses e africanos da Portugal Telecom. 1 milhão de hotspots wi-fi no Brasil. Atinge a meta acordada no Termo de Compromisso do Plano Nacional de Banda Larga atendendo a todos os 4.668 municípios de sua área de atuação na oferta varejo do PNBL. 100% dos estados brasileiros cobertos por fibra óptica.
2015
133 municípios com cobertura 4G. Nova estrutura societária com a incorporação da Telemar Participações S.A. e conversão de 2/3 de ações preferenciais em ações ordinárias da Oi S.A.
2016
Primeira rede do Brasil totalmente interligada com conexões de 100 Gbps, em uma extensão de 30 mil km no território nacional. Cobertura 4G em mais 151 municípios do país, chegando a 284 cidades em 27 estados com essa tecnologia. Em 20 de junho entra com o pedido de Recuperação Judicial, com objetivo de preservar os serviços prestados pelas Empresas Oi aos seus clientes enquanto permite a renegociação de suas dívidas, garantindo assim a sustentabilidade do nosso negócio.
2017
Foco em serviços alternativos, concentrando as vendas em serviços que apresentam uma maior margem, como dados avançados, Internet das Coisas (IoT), TI (Datacenter, Oi Smart Cloud, Colocation, Hosting), Big Data & Analytics e soluções de Cybersegurança, em linha com a tendência de transformação digital das empresas.
2018
A Oi implementou as iniciativas acordadas em linha com o cronograma previsto no Plano de Recuperação Judicial (PRJ), com destaque para a conversão da dívida com os bondholders em ações concluída em junho, reduzindo a dívida financeira de R$ 45 bilhões para R$ 14 bilhões. A Oi também atuou em frentes estruturantes para melhorar o negócio e estabilizar a companhia. As principais prioridades foram melhoria da qualidade, transformação digital, controle de custos, gestão do caixa e reestruturação da dívida. Ao longo do processo de recuperação judicial, a Oi antecipou investimentos destinados à ampliação da infraestrutura da companhia em frentes estratégicas como fibra ótica e rede 4,5G.
AÇÕES DA OI (OIBR3, OIBR4): ONDE E COMO SÃO NEGOCIADAS?
As ações da Oi (OIBR3, OIBR4) são negociadas na bolsa de valores brasileira, a B3 (Brasil, Bolsa e Balcão). Todas as negociações acontecem em ambiente eletrônico.
Toda aquela gritaria que víamos nas décadas de 80 e 90 nos pits da então Bovespa e da Bolsa de Mercadorias e Futuros ficou para trás.
Atualmente, tudo acontece no silêncio das conexões digitais, mediadas pelo Puma, Plataforma Unificada de Multiativos.
Isso permite que eu ou você consigamos negociar ações da Oi (OIBR3, OIBR4) a partir de nossa casa, bastando para isso termos uma conexão com a internet, um computador e uma conta em uma corretora de valores, que é a empresa que faz o meio de campo entre a bolsa e o investidor.
Claro que, ao entrarmos com tanta facilidade no mercado, estaremos colocando nossa pequena canoa em um mar em que navegam navios muito maiores e que podem nos atropelar sem sequer se dar conta de nossa existência.
São os investidores institucionais ou os grandes players. Eles não têm do seu lado apenas o poderio financeiro (que lhes dá a capacidade de controlar o preço através do controle do volume de oferta e de demanda), mas também diversas outras vantagens competitivas:
- Robôs de Alta Frequência de Negociação: são algoritmos que se aproveitam dos menores e mais imperceptíveis desequilíbrios do mercado, posicionando e reposicionando ordens de compra e venda em frações de segundo. Estima-se que quase 90% do volume financeiro de negócio dos mercados mundiais sejam executados por esses programas de computador.
- Hardware de última geração: para rodar esses programas precisa-se de computadores adequados e muitos deles estão posicionados até mesmo próximos dos servidores da bolsa a fim de não perder sequer milésimos de segundo na hora de enviar uma ordem .
- As mentes matemáticas mais bem remuneradas do planeta: e você achava que as pessoas só faziam faculdade de Matemática para serem professores...
- Dirigentes altamente competitivos: eles não são só capazes e bem informados. Eles são predadores do mercado. Não pense que eles se informam lendo o Google News... eles estão ligados diretamente às fontes de notícias que só serão divulgadas semanas depois .
Considerando tudo isso, é importante que pequenos investidores e traders como nós só nos metamos no mercado se tivermos as ferramentas e os conceitos adequados para sabermos seguir o comportamento desses titãs.
Eu vou falar dessas ferramentas e conceitos logo mais à frente.
Quais ações a Oi possui?
A Oi possui ações preferenciais e ordinárias.
Grosso modo:
- Ações preferenciais – PN: têm a preferência no recebimento de dividendos, mas não têm direito à voto .
- Ações ordinárias - ON: têm direito à voto e a dividendos (e outros proventos), mas não têm preferência no recebimento desses dividendos .
Lembrando que o número de ações preferenciais da Oi é bastante inferior ao de ordinárias.
Qual são os códigos das ações da Oi
Todas as ações negociadas na B3 possuem códigos de negociação pelos quais elas são reconhecidas.
Os códigos, também conhecidos como tickers, são formados por quatro letras e um numeral de um ou dois dígitos.
Os códigos ou tickers das ações da Oi são os seguintes:
- Preferenciais (PN): OIBR4
- Ordinárias (ON): OIBR3
As ações da Oi (OIBR3, OIBR4) são negociadas em quais bolsas?
No exterior, as ações da Oi também são negociadas em dois mercados de ações:
- Na Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE): ordinárias e preferenciais, respectivamente com os códigos OIBR e OIBR.C.
- Bolsa de Valores do México (BMV): ações ordinárias sob o código OIBRN.
Nos Estados Unidos, as ações da Oi podem ser negociadas através do chamado programa de ADRs (American Depositary Receipts) que nada mais são que recibos os quais podem ser negociados como se fossem ações. Enquanto isso, as ações correspondentes ficam custodiadas por aqui, sob os cuidados de uma entidade financeira responsável.
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS POSSUIDORES DE AÇÕES DA OI (OIBR3, OIBR4)?
Segundo o site da B3, atualmente, os principais acionistas da Oi (OIBR3, OIBR4) são os seguintes:
Nome | %ON – OIBR3 | %PN – OIBR4 | %Total |
Goldentree Asset Management Lp | 14,95 | 0,34 | 14,57 |
Brookfield Asset Management. Inc. | 5,92 | 0,00 | 5,77 |
York Global Finance Fund Lp | 11,44 | 0,00 | 11,14 |
Bratel S.A.r.l | 5,08 | 0,00 | 4,94 |
Solus Alternative Asset Management Lp | 3,47 | 8,97 | 3,62 |
Outros | 59,14 | 89,54 | 59,93 |
Ações Tesouraria | 0,00 | 1,15 | 0,03 |
Total | 100,00 | 100,00 | 100,00 |
FORMAS DE GANHAR COM AÇÕES DA OI (OIBR3, OIBR4)?
Parece um contrassenso, mas é possível ganhar dinheiro com ações como as da Oi, mesmo elas tendo caído tanto já.
As duas formas mais populares de se fazer isso são as seguintes:
Trade com ações da Oi (OIBR3, OIBR4)
Podemos ganhar dinheiro com ações comprando já com a intenção de vender depois de um tempo mais ou menos curto, quando elas estiverem valendo mais. Claro que, se nesse meio tempo, as ações caírem de valor, teremos prejuízo.
Também podemos ganhar dinheiro quando percebemos que as ações vão cair de preço. Neste caso, podemos fazer uma operação conhecida como “venda a descoberto”.
Com ela, podemos vender ações que não estão em nossa “carteira”. Alugamos ações de um investidor, vendemos e, depois de um tempo, maior ou menor, quando estiverem mais baratas, as recompramos. A diferença entre o preço de venda e o de recompra é o nosso lucro. Se as ações sobem, temos prejuízo.
As operações de trade podem ser classificadas de acordo com sua duração e é normal que cada trader, individualmente, se sinta mais confortável com uma categoria ou outra:
- Day trade: operações que começam e terminam no mesmo pregão. Podem durar horas, minutos ou mesmo segundos. Visam pequenas variações de preço, mas ganham na “alavancagem”, isto é, na operação de grande volume financeiro, muitas vezes acima do valor que o investidor possui em conta .
- Swing trade: operações que duram dias. Visam variações um pouco maiores dos ativos.
- Position trade: operações que duram semanas. As variações alvo têm amplitude maior que as de swing trade e, naturalmente, que as de day trade.
Cada um desses períodos operacionais possui características próprias de análise, sobretudo no que diz respeito aos tempos dos gráficos usados para as análises.
Considere, por exemplo que alguém que costume fazer day trade terá que acompanhar os gráficos durante o dia, com eles em movimento. Alguém que faz swing trade pode olhar os gráficos no final do dia e planejar suas operações para o dia seguinte. O praticante de position trade, por sua vez, poderá olhar os gráficos no fim de semana e planejar suas operações para a semana seguinte.
Ganhar dividendos com ações da Oi (OIBR3, OIBR4)
A outra possibilidade é aquele investidor que gosta de comprar ações e ficar com elas por tempo indefinido, acumulando-as.
Claro que, para isso, terá que escolher empresas sólidas que tenham um provável futuro promissor pela frente.
A ideia aí não é apenas acumular patrimônio ao longo do tempo, numa espécie de “poupança” em renda variável. Mas também receber parte do lucro dessas empresas, em forma de dividendos.
Durante boa parte de sua vida, o investidor irá usar os dividendos para, inclusive, comprar mais ações. Estas novas ações, por sua vez, renderão mais dividendos, que serão usados para comprar mais ações e assim por diante, num círculo virtuoso.
Naturalmente, se as ações pagarem dividendos e se apresentarem valorização durante o longo prazo. De outra forma, a ideia não funciona.
Vamos ver como as ações da Oi pagaram dividendos nos últimos anos:
Data de Aprovação | Tipo de Ação | Valor |
20 Set 2013 | Ordinária | 2,275243 |
20 Set 2013 | Ordinária | 2,275243 |
20 Set 2013 | Ordinária | 3,048730 |
08 Set 2013 | Preferencial | 3,048730 |
08 Set 2013 | Preferencial | 3,048730 |
08 Set 2013 | Preferencial | 2,330342 |
07 Mar 2013 | Preferencial | 5,106890 |
25 Fev 2013 | Ordinária | 5,106890 |
31 Jul 2012 | Preferencial | 1,547885 |
Como podemos ver, desde 2013 as ações da Oi não pagam dividendos. O que põe por terra essa estratégia, pelo menos nesse caso.
Outro fator que devemos levar em conta, caso estejamos pensando em investir em ações pelos dividendos: o Yield. O Yield é uma porcentagem que nos diz quanto os dividendos representam em relação ao preço da ação. Yields altos dizem que os dividendos também são altos e precisarei de um número menor de ações, em comparação a outras, para obter o mesmo volume financeiro em proventos.
INVESTIR OU NÃO INVESTIR EM AÇÕES DA OI (OIBR3, OIBR4): QUAL DECISÃO TOMAR?
O termo investimento, por definição, nos diz que estamos pensando no longo prazo.
Parece louvável comprarmos ações de uma companhia sólida e que, ao longo das décadas, irá sedimentar essa posição.
Porém, eventos como os das ações da Oi (OIBR3, OIBR4) nos mostram que, às vezes, isso não se mostra uma boa estratégia.
Pense nas pessoas que compraram esses papeis em 2012. Havia algo que dissesse que isso era uma má ideia?
Ações são renda variável e mercado de risco. Tudo pode acontecer. Ainda mais num horizonte tão distante.
Elas estão sob a mercê das crises internacionais, nacionais, setoriais e isso sem falar nos movimentos especulativos dos investidores institucionais de que falamos em tópico anterior.
Porém, num horizonte mais curto, podemos nos antecipar a todos esses problemas observando o comportamento desses últimos fatores: os big players.
Por mais que eles tentem esconder sua movimentação, devido a sua necessidade titânica de liquidez (muitos papeis a comprar e a vender), suas prováveis intenções podem ser acompanhadas através do volume, monitorado pelas ferramentas e pelos conceitos certos.
Se isso não nos serve para o longuíssimo prazo, nos ajuda muito no curto, no médio e até em prazos um pouco mais longos.
Mais à frente falarei sobre a estratégia e a metodologia que estamos adotando atualmente.
FICOU INTERESSADO EM AÇÕES DA OI (OIBR3, OIBR4)? VEJA OS CUSTOS E TAXAS PARA COMEÇAR
Comprar e vender ações da Oi (OIBR3, OIBR4) implica taxas. Conheça as principais:
- Taxa de custódia: as corretoras cada vez menos estão cobrando essa. Era uma taxa relativa à guarda das ações que você comprava e encarteirava.
- Taxa de corretagem: cobrada para cada ordem de compra e venda. Cada corretora cobra um valor diferente. Também depende do tamanho da ordem, do tipo de ativo ou derivativo operado e se você tem um pacote “pré-pago” de corretagem .
- Taxas da bolsa: os emolumentos são pouco mais de 0,03% do valor financeiro de cada operação .
- ISS: o ISS incide uma alíquota de 5% sobre a taxa de corretagem .
Imposto de renda
A incidência da alíquota varia de acordo com o tipo de operação e só incide sobre o lucro. O dever de recolhimento é do trader ou investidor. O vencimento é sempre no último dia útil do mês seguinte ao fato gerador:
- Day trade: operações que começam e terminam no mesmo pregão têm uma alíquota de 20%. Meses anteriores com prejuízo podem ser abatidos do lucro do mês atual. A alíquota é calculada sobre o saldo.
- Outras operações: operações que duram mais de um pregão tem alíquota de 15% sobre o lucro, porém os meses com vendas inferiores a R$ 20 mil são isentos .
COMO O RAIO X PREDITIVO PODE AJUDAR AÇÕES DA OI (OIBR3, OIBR4)?
Lembra que falamos que o volume denuncia a atuação dos grandes players, aqueles que sabem se posicionar diante dos acontecimentos do mercado?
E se soubéssemos ler esse posicionamento, entrar na “mente” dessas companhias que são investidores institucionais?
O Raio X Preditivo nos proporciona isso. Trata-se de uma metodologia que nos permite ler o volume do mercado e concluir onde e quando os institucionais estão tomando as suas decisões e nos posicionar em compra e venda de ativos de acordo com o cenário mais provável.
Note o uso do termo “provável”. Não se trata de “acertar” para onde o mercado vai, mas fazer operações com grande probabilidade de acerto em que, se você perder, perderá pouco e, se ganhar, ganhará muito.
Desse modo, o trader, no uso dessas ferramentas e conceitos, pode se posicionar ao lado dos prováveis vencedores e se afastar do comportamento de manada que infecta o varejo na bolsa de valores.
COMO FAÇO PARA COMPRAR AÇÕES DA OI (OIBR3, OIBR4)?
Comprar e vender ações na bolsa de valores é muito fácil.
- Abra uma conta na corretora de valores: basta baixar o aplicativo no celular ou acessar o site. É grátis, não precisa de saldo mínimo e não tem taxa de manutenção. Além disso, não leva mais que meia hora. É totalmente desburocratizado.
- Transfira o dinheiro a partir de sua conta corrente via TED.
- Compre as ações que você deseja.
Fácil mesmo.
Mas não esqueça a etapa fundamental.
Se durante a leitura deste artigo você não percebeu os riscos que envolvem a compra e a venda de ações, sugiro que o releia.
Então, a etapa fundamental de que falo é a sua educação sobre o mercado através de uma metodologia que considere a realidade da bolsa de valores.
Nossa recomendação é o Raio X Preditivo.
CONCLUSÃO
Na bolsa, nenhuma ação está tão cara que não possa subir mais.
Nem tão barata que não possa cair mais também.
A Oi (OIBR3, OIBR4) é um exemplo disso.
Portanto, cuidado com a postura de comprar ações para investimento. O ideal é sempre estar atento para saber a hora certa de cair fora de um ativo.
Melhor ainda é aprender a fazer trades inteligentes, sempre protegendo uma boa parte de seu capital de forma mais conservadora e deixando para o risco aquela parte em que perdas são suportáveis.