Eu era cego na Bolsa de Valores e não Sabia! Veja como enfrentei o monstro invisível

Um dos jogos mais assustadores de video game que eu já joguei se passava numa nave  espacial. 

O inimigo era invisível. Quer dizer, você ia andando por aquelas salas e corredores e não conseguia ver se ele estava à espreita: à esquerda, à frente, à direita, atrás ou acima. 

Se ele se aproximasse o suficiente, a morte era certa. 

Enquanto tentávamos derrotá-lo, tínhamos que ir encontrando pistas para sair daquela situação. 

A única defesa que se tinha, além das armas de ataque, era uma espécie de sonar. 

À medida que aquele predador fantasmagórico e sem rosto se aproximava, o sonar apitava com uma frequência cada vez maior. 

Quanto mais rápido o bip, mais a tensão crescia, pois, sabíamos que ele estava se aproximando. Lembro que era tão tenso que até o coração acelerava. 

Se o som era grave, como um baixo, ele estava vindo pela retaguarda. Se era agudo como um assovio, estava vindo pela frente. 

Se você conseguia usar esse sistema sonoro para localizar seu inimigo, tinha uma chance de matá-lo, mesmo sem vê-lo. 

SERÁ QUE VOCÊ ESTÁ NA BOLSA DE VALORES E NÃO ESTÁ VENDO OS PREDADORES? 

A bolsa de valores está cheia de predadores. E, sem o equipamento certo, nós não conseguimos ouvir esse inimigo se aproximar. 

A informação de que precisamos, para isso, no mercado são o volume e o fluxo de ordens. 

Volume e fluxo de ordens vão lhe dar a posição, em termos de cotação e preço, dos predadores. Quem são esses predadores? Os investidores institucionais, os big players.

Ouvindo o bip agudo e insistente que o volume e o fluxo de ordens nos revelam, é só atirar: a chance de acerto é grande.

No entanto, o que encontramos na bolsa de valores, hoje em dia, são aventureiros andando pelos corredores da volatilidade, do sobe e desce dos gráficos, atirando a esmo, até como se estivessem vendados.

O volume e o fluxo de ordens nos dão com grande precisão onde os predadores, os big players estão se posicionando para desferir seu ataque. Aqui, nosso objetivo não é destruí-los e sim não ser destruídos pelos seus movimentos e, ao contrário, acompanhá-los nas importantes volatilidades que causam.

OS PREDADORES ADORAM ANDAR PELOS MESMOS LUGARES

Você já deve ter ouvido falar que, na selva, os predadores gostam de andar pelos mesmos lugares, caçar nas mesmas áreas.

O mesmo vale para a bolsa de valores. Com as ferramentas certas para detectar os grandes volumes deixados ao longo do tempo por esses big players, começamos a detectar as zonas de preço onde há grande interesse e, por conseguinte, grande potencial de trades de sucesso. Do mesmo modo, conseguimos perceber as zonas de preço por onde eles não costumam andar muito.

É como se estivéssemos observando uma fera, decifrando seus hábitos antes de caçá-la.

Mas, novamente, o que nos dá o desenho detalhado desses rastros? O volume e o fluxo de ordens. Se há volume, se há frequência de interesse, se há uma grande diferença entre ordens agressivas de compra e ordens agressivas de venda em determinado preço, pode ter certeza: os predadores estarão caçando por ali.

É quando eles saem de seu ambiente, no entanto, em zonas de preço em que não estão confortáveis, é que surgem suas oportunidades: porque com todas as suas forças buscarão trazer o preço de volta para a sua zona de conforto, para o valor que consideram justo.

DETECTANDO O PREDADOR

Se você realmente quer caçar a fera, vai tomar duas atitudes, então: primeiro, observar os seus hábitos no longo prazo, por onde ela mais andou nas últimas semanas ou até mesmo nos últimos meses; segundo, observar, com o uso do seu sonar por onde ela está num curto prazo.

Se ela estiver fora da zona de conforto, numa zona de rejeição de preço, onde o volume é menor, esta é a sua oportunidade de atacar.

COMO TER ESSE SONAR REALMENTE EFICIENTE

Existem diversas ferramentas no mercado da Análise Técnica que lidam com o volume.

Porém, poucas que apontam como o volume se comporta a cada nível de preço em um longo prazo.

Menos ainda são aquelas que lhe dão o comportamento do volume num curto prazo em diferentes níveis de preço de um ativo e, mais, em que pé estão as agressões de compra e as agressões de venda nesses níveis.

Sem entender o volume e o fluxo de ordens ou tendo uma leitura atrasada dessas informações vitais, estamos como naquele videogame, perdidos na nave atirando a esmo e indo nos lugares de caça preferidos do predador como vítimas inocentes.

Escrito por Luiz Sato

Segundo Sato sua missão é transmitir conhecimento avançado aos traders brasileiros para aplicarem as metodologias e as ferramentas disponibilizadas ao seus alunos aumentando as probabilidades de ganhos nos mercados que são altamente competitivos e dominados principalmente pelos HFT´s (Robôs de alta frequência).

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Comentários

Maria Mattos07/06/2020

Excelente este artigo