O Sato’s Bar mostra onde os investidores institucionais esconderam suas fichas. Pare de fazer apostas e veja as cartas do inimigo
O Sato’s Bar é uma das ferramentas do Raio X Preditivo no auxílio para o trader que quer encontrar áreas com maior possibilidade de negociações de sucesso.
O Raio X Preditivo, a metodologia Sato, codifica, através de conceitos e ferramentas (os próprios indicadores Sato’s) a Nova Análise Técnica. A Nova Análise Técnica é uma evolução da Análise Técnica Clássica e, em vez de colocar o preço em primeiro plano, coloca o volume.
O Sato’s Bar tem o papel de, através de um sistema de cores por barra (candles), apontar de maneira imediata ao trader os momentos em que houve atuação institucional (big players). Barras coloridas com maior volume determinam a participação de big players, pois são eles os únicos capazes de desencadear ou absorver volumes realmente elevados.
Candles com volume elevado demonstram interesse institucional na região de preço em que foram plotados.
O indicador Sato’s Bar, combinado com outros indicadores Sato’s nos dá possíveis concentrações de evidências de interesse institucional em certas regiões de preço, aumentando nossas chances de trades a partir de conclusões que podemos chegar através deste indicador e dos demais em conjunto e também em conjunto com os conceitos do Raio X Preditivo.
O Sato’s Bar, não é demais frisar, é uma ferramenta poderosa, mas só atinge seu máximo potencial a partir do momento em que é combinado com as demais ferramentas e, sobretudo, com os conceitos apresentados pelo Raio X Preditivo.
QUAL A FUNÇÃO DO SATO'S BAR?
A função da Sato’s Bar é identificar de forma imediata, já no momento em que um candle está se formando no gráfico dos ativos negociados na bolsa de valores, o interesse institucional por determinado preço de ação, contrato, minicontrato ou seja lá qual for o papel negociado.
Essa identificação se dá através de um sistema de cores que determina se há baixo volume ou alto volume naquela barra.
Durante a formação da barra, o volume vai se acumulando e a barra pode vir a mudar de cor. Ao fim do período correspondente à barra, ela estará com uma cor definitiva, mostrando se houve pequena ou elevada participação institucional naquele período.
Por exemplo, se a barra for no gráfico de um minuto, o candle tem um minuto. Poderemos saber, assim, se os investidores institucionais estiveram muito ou pouco interessados naquela faixa de preço naquele momento específico.
Resumindo, podemos dizer que a função da Sato’s Bar é mostrar a atuação ou a não atuação dos investidores institucionais de forma imediata ou concentrada em um ponto no gráfico determinado pelo tempo e pela faixa de preço.
A Sato’s Bar é uma forma praticamente cirúrgica de determinar esse tipo de participação.
Além disso, a Sato’s Bar calcula a relevância do volume a partir das barras anteriores. Ou seja, o que é um volume alto em determinado momento poderá não ser no momento seguinte.
COMO O INDICADOR AJUDA A ENTENDER A ATIVIDADE DE PLAYERS INSTITUCIONAIS
O Raio X Preditivo – a metodologia Sato – é constituído por uma série de conceitos voltados ao volume de negociação e ao uso de uma série de ferramentas para a aplicação desses conceitos diretamente no gráfico, de forma prática, intuitiva e simples.
Cada indicado Sato’s tem uma função nesse sentido.
Para darmos um exemplo da função do Sato’s Bar na avaliação do comportamento dos investidores institucionais através do volume, precisamos entender antes o funcionamento do Sato’s Force Histograma.
O Sato’s Force Histograma nos traz o volume acumulado a cada pernada de alta e a cada pernada de baixa.
Cada uma dessas pernadas é formada por um número de ticks (variação mínima de determinado ativo; R$ 0,01 no caso de ações), um valor determinado pelo próprio investidor ou trader. Enquanto não há a conclusão dessa pernada, digamos R$ 0,20, o histograma não se “fecha”.
Sem o Sato’s Bar, ficaríamos perdidos ao tentar determinar se, naquela pernada ainda não fechada, o volume está grande ou pequeno.
Outra aplicação bem prática do Sato’s Bar são as “cicatrizes” que eles representam no gráfico.
Uma barra de volume ultraelevado, por exemplo, determina que na faixa de preço em que ela aconteceu há um grande player posicionado ou, ao menos, caso já tenha se desfeito da posição, com grande interesse naquele valor: tenha esse volume de negociações acontecido recentemente ou tenha ele acontecido há vários pregões passados.
Se um investido institucional negociou muitos ativos naquele preço, ou vai querer defender sua posição, seja na compra, seja na venda, ou vai querer negociar ali de novo, com uma probabilidade mais elevada que em outras regiões do preço no gráfico.
Claro, outros fatores relativos ao volume darão vieses de reforço a esse tipo de leitura. Mas apenas a leitura do Sato’s Bar já nos dá parâmetros para uma dedução desse comportamento.
O QUE SIGNIFICAM AS CORES NO SATO'S BAR?
Como explicamos, o indicador Sato’s Bar se caracteriza por aplicar cores diretamente sobre os candles (bar ou barras).
As cores determinam o volume negociado naquela barra específica.
Quanto maior o volume maior a participação institucional.
É preciso que fique claro que nenhum participante de baixo poder financeiro – mesmo em conjunto - tem condições de desencadear certos volumes ou se aproveitar de certos níveis de liquidez em determinado preço.
Se não há volume não há participação institucional. Se não há participação institucional nas negociações não há volume.
O sistema de cores se caracteriza assim:
• Barra azul: baixíssima participação institucional
• Barra branca: baixa participação institucional
• Barra amarela: alguma participação institucional
• Barra laranja: alta participação institucional
• Barra vermelha: participação institucional ultraelevadas
Algumas coisas a serem consideradas:
• As barras vermelhas são mais raras e, por isso, chamam mais a atenção da Metodologia Sato
• As barras alaranjadas podem acontecer com mais frequência, mas uma concentração de barras laranja em um único ponto podem determinar bastante interesse em determinado movimento ou região de preço
• Quanto mais barras de alto volume em uma região, maior a atuação dos investidores institucionais
• As cores das barras são determinadas pelas barras anteriores. Ou seja é mais fácil a formação de uma barra vermelha se as barras anteriores tiverem baixíssimo volume no retrospecto.
• Portanto, depois de um alto volume fica mais difícil que o indicador considere um volume suficientemente alto para printar uma barra vermelha. Logo, muitas barras de alto volume seguidas significam uma atividade bastante frenética de institucionais
• E, se o volume estava muito baixo em barras anteriores, é mais fácil aparecer uma barra vermelha. De qualquer forma, a desproporcionalidade de volume em relação aos períodos anteriores ainda assim determina um comportamento que chama a atenção
COMO OPERAR UTILIZANDO O SATO'S BAR?
Depois de acionar o indicador Sato’s Bar no gráfico, o trader ou investidor verá as velas (candles ou barras) coloridas com azul, branco, amarelo, laranja e vermelho.
Ele deve ficar de olho sobretudo nas barras laranjas e, mais ainda, nas barras vermelhas.
Elas indicam que nesses momentos e regiões de preço houve intensa atividade institucional.
Por exemplo, num gráfico em que predominam barras azuis e brancas, até mesmo uma barra laranja pode ser um sinal de disparidade de volume. Ou então uma região ou momento em que há muitas barras amarelas em um gráfico com somente barras brancas ou azuis.
Essas regiões de preço que ficaram marcadas por um alto volume indicam sem sombra de dúvida que houve participação institucional.
Quando o preço retorna para essas regiões de preço, podemos encarar como suportes ou resistências, visto que um ou mais participantes (poucos), colocaram muitas “fichas” ali.
Se o preço cair para o preço onde se formou uma barra vermelha, há um grande indício de que quem comprou ativos ali irá defender a posição. Ou, então, aproveitará a oportunidade para comprar ainda mais ativos, pois considera aquele preço como sendo bom. Se acontecerem compras em grande volume não só o preço tenderá a se manter ali como poderá voltar a subir. Constitui-se, então um suporte, indicando a possibilidade de trades de compra.
Da mesma forma, se o preço de um ativo sobe em direção a região de preço em que foi formada uma barra vermelha, há uma grande possibilidade de que um grande player tenha distribuído ativos por ali (vendido) ou aberto posições de venda.
Igualmente, ele poderá querer defender sua posição vendida, fazendo mais vendas. Ou, então, tentará vender mais ativos, pois considera aquele preço como estratégico. Se ocorrem mais vendas, a tendência é de que o preço não ultrapasse aquela faixa e até caia. Isso nos dá a possibilidade de trades de venda a descoberto ou o encerramento parcial ou integral de operações de compra.
Lembrando que este é apenas um exemplo bem rudimentar do uso do indicador Sato’s Bar. Há muitas outras formas de utilizá-lo na Metodologia Sato, sobretudo quando combinado com outras ferramentas do Raio X Preditivo.
Além disso, esse posicionamento diz respeito a barras laranjas e vermelhas formadas no passado.
Vamos ver a seguir usos mais imediatos do Sato’s Bar.
EXEMPLO DE INSIGTH BAR
As insights bars nos dão vislumbres do que pode acontecer a seguir, nos dando posicionamentos de cautela quanto a tendências de alta e de baixa ou mesmo, com a inferência de outras ferramentas Sato’s, a possibilidade de agir, entrando em trades com alta possibilidade de ganho.
Vela de ignição
Um bom exemplo de vela de ignição observada no Sato’s Bar acontece depois de acumulações ou distribuições (lateralizações ou ranges).
Se o preço vem lateralizando já durante algum tempo o range (a faixa de preço em que o ativo oscilou) é rompida, normalmente, pelos parâmetros da velha análise técnica, só isso já daria parâmetros em uma operação: de compra se o rompimento é para cima e de venda se o rompimento é para baixo.
Com o Sato’s Bar temos mais assertividade nessas entradas.
Um rompimento com uma vela vermelha nos diz que houve um grande volume. Ou seja, há um investidor institucional interessado na alta (rompimento para cima) ou na baixa (rompimento para baixo).
O que ele está fazendo? Ele está comprando e consumindo as ofertas de venda acima (rompimento para cima) ou vendendo e consumindo as ofertas de compra para baixo (rompimento para baixo).
Imagine que, se o preço ficou oscilando em uma faixa estreita de preços durante muito tempo é porque nos limites dessa faixa há muitas ofertas de compra (limite inferior) e venda (limite superior) sendo posicionadas e reposicionadas.
Apenas compras ou vendas avassaladoras, em grande volume, são capazes de consumir essa capacidade de reposicionar mais e mais ofertas de compra ou venda nos limites do range.
Uma vela vermelha, assim, pode significar que, a partir dali o preço pode realmente se deslocar.
Ao passo que um rompimento de baixo volume pode ser tão somente uma armadilha. O ativo não terá volume suficiente para vencer o volume de ofertas contrárias que tentarão jogar o preço de volta ao limite anterior ou até na direção contrária.
Vela de exaustão
As velas de exaustão também são caracterizadas pelo alto volume. Podem ser velas grandes, mas o volume é o fator mais importante.
As velas de exaustão são caracterizadas também pelo que chamamos de “euforia máxima” e “desespero extremo”.
• Vela de exaustão do tipo “euforia máxima”: o mercado vem em tendência de alta. Todos estão otimistas. Estão comprando a preços cada vez mais altos enquanto os big players conseguem vender a preços cada vez mais altos. A certa altura o mercado entra em convulsão, com grande liquidez, e os possuidores fracos compram tudo o que podem. Assim, a demanda seca. A grande liquidez desse momento é aproveitada pelos institucionais (possuidores fortes) que distribuem um grande volume de ativos. Nesse momento o mercado pode voltar a cair ou entrar em uma lateralização, num range caracterizado pela distribuição. Forma-se uma vela vermelha ao final de uma tendência de alta. Traders atentos irão se desfazer de suas posições compradas ou até mesmo se quiserem tomar risco irão abrir posições vendidas.
• Vela de exaustão do tipo “desespero extremo”: o mercado vem em tendência de queda. Todos estão pessimistas. Estão vendendo a preços cada vez mais baixos enquanto os big players conseguem comprar a preços cada vez mais baratos. A certa altura o mercado entra em convulsão, com grande liquidez, e os possuidores fracos vendem tudo o que podem. Estão desesperados. Assim, a oferta seca. Os possuidores fracos não têm mais o que vender ou estão com medo de continuar vendendo. A grande liquidez desse momento é aproveitada pelos institucionais (possuidores fortes) que acumulam um grande volume de ativos de uma vez só. Nesse momento o mercado pode voltar a subir ou entrar em uma lateralização, num range caracterizado pela acumulação (por parte dos big players). Forma-se uma vela vermelha ao final de uma tendência de baixa. Traders atentos irão se desfazer de suas posições vendidas ou até mesmo se quiserem tomar risco irão abrir posições compradas.
CONHEÇA O RAIO X PREDITIVO
O Raio X Preditivo é uma metodologia que sistematizou a Nova Análise Técnica em conceitos e ferramentas (indicadores Sato’s). As ferramentas colocam os conceitos para funcionar na prática sobre os gráficos dos ativos da bolsa de valores, como as ações do Banco da Amazônia (BAZA3).
A leitura que essas ferramentas permitem nos dá uma visão do que os grandes players institucionais estão fazendo, como estão atuando, a partir da interpretação do volume.
Para a Nova Análise Técnica, o volume é o principal dado. O volume é o combustível do mercado e é o volume a causa da movimentação dos preços.
O preço, tão estimado pela Velha Análise Técnica, é tão somente um efeito que traz informações de algo que já aconteceu. É o passado.
O volume, por sua vez, nos diz coisas com grande probabilidade de acontecer. Se interpretamos as causas (volume), nos adiantamos aos efeitos e conseguimos nos posicionar melhor para operações com grande probabilidade de sucesso.
CONCLUSÃO
O Sato’s Bar é um indicador que, mesmo sozinho, pode dar vários insights de trade na bolsa de valores.
Ele é relativamente simples, fácil de visualizar e de ser entendido. Até mesmo um leigo consegue.
Porém, sem os conceitos do Raio X Preditivo, a metodologia Sato, ele não serve para muita coisa. É preciso entender o funcionamento do mercado e o comportamento dos big players, tendo esses conhecimentos ancorados nos efeitos do volume sobre o preço.
Combinado com as demais ferramentas do Raio X Preditivo, no entanto, é que ele atinge seu potencial máximo. Assim como o Sato’s Bar, as outras ferramentas nos dão confirmações ou reforços de que uma região de preço é de grande possibilidade de lucro, seja na compra, seja na venda.
Algumas das outras ferramentas:
• Sato’s Defense: média ponderada do preço pelo volume, verdadeiras resistências e suportes móveis .
• Sato’s Force Histograma: volume acumulado a cada pernada de alta ou de baixa, mostrando o fluxo com que o mercado está subindo ou caindo .
• Sato’s Result: mostra se o quanto o preço está andando é equivalente ao esforço feito pelo volume. Se há muito volume e pouco resultado em deslocamento, temos uma contradição, que pode indicar que um participante forte está absorvendo esse esforço no sentido contrário .
• Sato’s Market Profile: volume acumulado por faixa de preço, mostrando onde as “fichas” do mercado estão acumuladas .
• Sato’s Stop or Move: Fibonacci e ondas de Elliot descomplicadas e aplicadas de forma imediata no gráfico
Com os conceitos e as ferramentas do Raio X Preditivo combinadas, as chances de resultados positivos são muito maiores.
