Acumulação: os big players enchendo o carrinho na bolsa

A fase de acumulação dos ciclos de mercado podem ser o momento em que seus ganhos serão maiores na bolsa de valores

A fase de Acumulação é uma fase dos ciclos do mercado fundamentais pra serem compreendidas pra quem quer entender o funcionamento do sobe e desce dos preços na Bolsa de Valores.

Os ciclos são estudados largamente pela metodologia do Raio X Preditivo.

Ao observar possíveis fases de Acumulação no gráfico, podemos antever potenciais explosões de alta no preço dos ativos, sejam eles ações, contratos futuros ou opções.

Se a leitura for de fato de Acumulação, ao nos posicionarmos na compra, temos grandes chances de nos posicionar na compra com acerto.

Movimento antagonista da Distribuição (quando os Investidores Institucionais estão distribuindo ativos a um preço “caro”, antecedendo uma queda), a Acumulação costuma anteceder uma alta, caracterizada pelo comportamento em que os Institucionais estão “enchendo o carrinho” com ativos a um preço “barato”.

Acumulação faz parte de um conjunto de comportamentos de preço e volume que, uma vez detectados, através das ferramentas do Raio X Preditivo, nos aponta momentos de alta probabilidade de trade e ganhos potencialmente maiores que o risco, ao entrarmos em operações compradas.

Esse conjunto de comportamentos inclui, além da Acumulação, as seguintes fases: Absorção, Teste de Oferta, o Spike e o Spike Channel.

Aqui, você aprenderá em especial sobre a Acumulação. Entendendo a Acumulação, você entenderá facilmente a Distribuição pois esta é tão somente o raciocínio inverso, quando os grandes players estão passando adiante os ativos que compraram mais baratos em fases anteriores e também na Acumulação.

  1. O que é a fase de Acumulação
  2. Como identificar fases de acumulação
  3. Quais são os objetivos da acumulação
  4. Confira alguns exemplos da fase de acumulação
  5. Teste de oferta: como ocorre?
  6. Como ganhar com a fase de acumulação
  7. Como o Raio X Preditivo pode lhe ajudar a identificar fases de acumulação
  8. Conclusão



1. O QUE É A FASE DE ACUMULAÇÃO 

Não temos como entender as fases do ciclo de mercado isoladamente. Assim, precisamos compreender ao menos, antes, a fase que antecede a Acumulação: a Absorção.

A Absorção acontece tanto antes da Acumulação quanto antes da Distribuição, embora no primeiro caso aconteça numa tendência de queda e, no segundo, numa tendência de alta.

A Absorção que antecede a Acumulação traz os possuidores fracos vendendo ativos a preços cada vez menores, agredindo as ofertas de compra dos Investidores Institucionais, que se aproveitam do pessimismo da tendência de baixa pra absorver as agressões de venda dos outros participantes.

Note que, nesse momento, os Institucionais compram ativos passivamente, como se estivessem fazendo o favor de receber esses ativos que estão cada vez mais baratos, cada vez mais desvantajosos pra se manter em carteira.

Finalmente, em algum momento, a tendência de queda cessa e, aparentemente, oferta e demanda se equilibram.

Entramos então na fase de Acumulação.

Acumulação: o que é?

A partir desse provável equilíbrio, os Investidores Institucionais continuam a “encher o carrinho”.

Note que, na Absorção, eles já adquiriram muitos ativos, aproveitando-se da liquidez que o restante dos participantes, desesperados, se livrando de papéis ou mesmo entrando em operações vendidas, deram a eles.

Digamos que, na Acumulação, eles estão, a um só tempo, “raspando o tacho da liquidez” e testando o mercado pra ver se ainda há oferta suficiente pra jogar os preços ainda mais pra baixo.


2. COMO IDENTIFICAR FASES DE ACUMULAÇÃO

Existem diversas maneiras de se identificar uma fase de Acumulação do Ciclo de Mercado, sobretudo se usarmos os conceitos e as ferramentas (indicadores Sato’s) do Raio X Preditivo.

Desespero extremo

O primeiro sinal de que estamos em uma Acumulação – que pode indicar um bom momento pra entrar numa posição de compra – é o Desespero Extremo.

O Desespero Extremo está no final de uma tendência de queda mais ou menos longa e caracteriza-se por uma explosão de volume: significa que uma parcela significativa do mercado decidiu “jogar a toalha”, não aguentando mais ver suas perdas crescendo e crescendo.

Para os Institucionais é uma festa: muita liquidez de uma vez só. Identificamos esse momento por uma explosão do volume. No indicador Sato’s Bar, o Desespero Extremo é marcado por uma barra (candle) vermelha, que indica intensa atuação profissional, um nível de volume que só pode ser causado por institucionais e nunca pelo varejo isoladamente.

Outras metodologias poderão considerar que o volume acentuado indica continuidade da queda, mas a prática do Raio X Preditivo mostra que, na verdade, esse volume todo indica o PROVÁVEL fim da tendência. Antes de abrir posições vendedoras o mais produnte é esperar.

Acumulação

Depois do Desespero Extremo, entramos na fase de Acumulação propriamente dita. Que é um momento em que o preço oscilará num range, uma lateralização, ficando restrito a uma faixa mais ou menos estreita de preços durante um tempo mais ou menos longo, como se definisse um longo retângulo.

É provável que seja Acumulação, mas pode ser também um Redistribuição. Por isso é preciso ficar atento pra que lado desse range o preço vai romper (mas sempre de olho no volume indicado pelas ferramentas Sato’s, particularmente o Sato’s Force Histograma).

Portanto, depois do Desespero Extremo, se houver uma lateralização, um retângulo, um range, é muito provável que se trate de uma Acumulação.


3. QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DA ACUMULAÇÃO

A Acumulação é a oportunidade para os Investidores Institucionais, como o nome da fase indica, acumularem ainda mais ativos além daqueles que já acumularam passivamente, recebendo as agressões de venda dos outros participantes que estavam pessimistas ou simplesmente se aproveitando da tendência de queda pra abrir posições de venda descoberta.

O mercado entrou num momento de equilíbrio e durante a duração da Acumulação, os Institucionais continuam a adquirir ativos, porém de forma mais discreta, de maneira a não provocarem um novo desequilíbrio. Afinal, por motivos que não nos cabe tentar adivinhar, o preço, naquele momento, pra eles está ideal. Eles aceitam negociar ativos naquele preço.

Volume de negócios numa faixa de preço

O range da Acumulação também se caracteriza por um volume enorme de negócios realizados nessa faixa de preço. Se o trader acompanhar pela ferramenta de volume comum a qualquer plataforma de negociação verá pequenas barras de volume.

Mas, se usar o Sato’s Market Profile, que mostra o volume por faixa de preço, horizontalmente, verá que, no range da Acumulação, muitos negócios ocorreram, muito dinheiro trocou de mão e que, naquela faixa, muitas “fichas de aposta” estão empilhadas.

A Acumulação é como se fosse aquela represa, com muita energia potencial, e quanto mais energia se acumula ali, mais fácil fica de ela romper com força pra qualquer um dos lados. Basta que os Institucionais deem um empurrãozinho.

Mas antes de dar esse “empurrãozinho”, os Institucionais precisam saber se o mercado está “maduro”. Todos esses participantes fortes que encheram o carrinho precisam descobrir se há outros participantes fortes tentando empurrar o mercado ainda mais pra baixo com grandes ofertas de venda.

Esse é outro objetivo da Acumulação: verificar se o mercado está “maduro” e se bastará só leve pancada pra que ele seja levado pra estratosfera.

Como essa verificação acontece nós veremos nos tópicos a seguir.


4. CONFIRA ALGUNS EXEMPLOS DA FASE DE ACUMULAÇÃO




5. TESTE DE OFERTA: COMO OCORRE?

Enquanto os Investidores Institucionais estão atuando na acumulação, é natural que o volume por barra e por pernada de alta e pernada de baixa caia. Afinal, qualquer agressão maior na compra ou na venda faria com que o range se perdesse e ocasionaria, respectivamente a alta ou a queda indesejada dos preços para fora da zona de preço que é considerada interessante para esses participantes do mercado.

Os institucionais estão atuando, mas de forma discreta, possivelmente com “ordens iceberg”, ordens de menor monta, mas que, juntas, caracterizam aquisições de grande porte. Isso é possível através da atuação dos robôs HFT (robôs de alta frequência de negociação), que conseguem posicionar diversas ordens menores várias vezes por segundo, disfarçando esse posicionamento.

No entanto, quando os institucionais estão fazendo o teste de oferta, eles propositadamente saem do mercado.

Armadilha de fundo

No momento do teste de oferta, os investidores institucionais podem permitir propositadamente que o range da Acumulação rompa para baixo.

A velha Análise Técnica ensina que rompimentos para baixo indicam continuidade da tendência de queda.

Nesse momento, muitos participantes entram em posições vendidas ou mesmo encerram operações de compra por levar um stop.

Além de gerar um pouco mais de liquidez para os institucionais, que aproveitam para comprar ativos ainda mais baratos, raspando o fundo do tacho, o baixo volume desse rompimento mostra que de fato não há outro peixe grande atuando.

E, assim, os institucionais preparam o seu ataque. Este é o momento em que tudo vai mudar.


6. COMO GANHAR COM A FASE DE ACUMULAÇÃO

Como já explicamos em tópico anterior, a fase de acumulação é aquela em que os investidores institucionais estão “enchendo o carrinho”. Os big players têm esse tipo de atuação considerando duas circunstâncias:

  • Já absorveram ativos passivamente dos possuidores fracos que venderam durante a tendência de queda ou daqueles que abriram posições vendidas para aproveitar a continuidade da tendência de queda .
  • Tiveram um pico de absorção passiva no momento de Desespero Extremo, quando muitos participantes “jogaram a toalha”, tendo suas contas dilaceradas por terem entrado em posições compradas no topo do mercado .
  • Detectaram que, depois do Desespero Extremo, a oferta está se esgotando e o mercado está entrando num estado de razoável equilíbrio .
  • Percebem que, depois do teste de oferta, quando se retiram do mercado, o volume da oferta não cresce, significando que não há outro grande player com interesse na continuidade da queda .

O teste de oferta é muito importante porque, com a saída do grande player ou dos grandes players em atuação, ficaria, em tese, muito fácil jogar o mercado ainda mais para baixo, justamente pela falta de liquidez.

Se a queda não continuar, está na hora de continuar as compras, mas desta vez de forma agressiva.

E é esse o momento em que temos a oportunidade de ganhar dinheiro com a leitura da fase de acumulação.

Ganhando dinheiro com a fase de acumulação

Uma vez detectando que o mercado está “maduro” para ser colhido, os investidores institucionais em atuação passarão a comprar. Porém, desta vez, não passivamente, mas agredindo os preços das ofertas de venda, cada vez mais para cima.

Nesse momento, o preço vai romper o range de acumulação, provavelmente com volume.

Isso causará dois tipos de efeito:

  • Outros participantes, ao ver o rompimento do range vão entrar com operações compradas. Isso aumenta ainda mais a demanda: maior demanda, preços mais e mais altos .
  • O stop daqueles que entraram em posições vendidas no momento do teste de oferta ou na armadilha de fundo, será acionado. Posições vendidas são encerradas com compras. Se há mais compras, há mais demanda e, por consequência, o preço sobe .

Isso se transforma em um efeito em cadeia. A represa do range de acumulação se rompe e, a partir de certo momento, o big player em atuação não precisa nem mais comprar.

Na verdade, ele mesmo começará a vender passivamente aos outros participantes que começam a se empolgar e ficar eufóricos com a nova tendência de alta que surge, realimentando o ciclo.

Note que o próprio big player, que comprou ativos a preços cada vez mais baixos na absorção da queda, agora passa a absorver passivamente as compras, vendendo ativos a preços cada vez mais caros. Isso até que se atinja um novo nível de equilíbrio em que passará a outra fase, similar à Acumulação, mas com sinal trocado: a Distribuição, em que distribuirá ativos caros que comprou barato na fase de Acumulação.

Como detectar o momento de entrar comprado numa fase de acumulação

O primeiro passo é detectar a provável Acumulação, por todas as características que explicamos em tópicos acima. Visualizar prováveis testes de ofertas e armadilhas de fundo: rompimentos para baixo do range, porém com baixo volume. As ferramentas do Raio X Preditivo, os indicadores Sato’s são fundamentais para termos essa leitura.

A seguir, é só esperar que o range se rompa para cima com um bom volume, novamente usando as ferramentas do Raio X Preditivo, para detectar a atuação institucional.

Esse é o momento de tomar risco. O stop de segurança pode ficar abaixo do range ou em algum outro ponto estratégico, por exemplo, abaixo da barra de alto volume que marcou o rompimento do range com participação institucional. Vai depender de quanto você deseja, financeiramente, colocar em risco nessa operação.

Você pode ter certa meta financeira na operação, posicionando um stop gain mais acima ou, melhor ainda, acompanhar a operação usando os indicadores Sato’s para detectar o fim do fluxo de demanda, indicando que o movimento de alta está para acabar.

Pode ser a barra vermelha do Sato’s Bar indicando Euforia Máxima ou mesmo um decréscimo dos histogramas nas pernadas de alta no Sato’s Force Histograma: esses indicadores podem salvar o lucro já obtido.

Afinal, nem sempre o preço de um ativo chegará a nosso objetivo financeiro e não há obrigação nenhuma de ficarmos até o final da operação só para manter a suposta disciplina matemática.

Por exemplo: se arriscamos um valor x temos que obrigatoriamente buscar um valor 3x de lucro.

Isso é balela.

Sempre fique de olho no comportamento e no contexto do mercado.


7. COMO O RAIO X PREDITIVO PODE LHE AJUDAR A IDENTIFICAR FASES DE ACUMULAÇÃO

A metodologia do Raio X Preditivo vai ajudar você a ler o mercado propriamente. Esta metodologia é a sistematização da Nova Análise Técnica através de conceitos e ferramentas.

Os conceitos ajudam a compreender a influência do volume sobre o preço dos ativos.

As ferramentas, os indicadores Sato’s, por sua vez, fazem a aplicação prática dos conceitos diretamente sobre os gráficos dos ativos.

A leitura do comportamento do volume, provocado e potencializado pela atuação dos grandes investidores institucionais, se torna simples, rápida, fácil e intuitiva, desde que o praticante tenha o devido treinamento.

A análise técnica clássica, através de seus indicadores e padrões, nos ensina a ler os efeitos da movimentação do preço. É praticamente como quem tenta adivinhar as horas olhando para um relógio atrasado. É olhar para o passado, para coisas que já aconteceram.

O Raio X Preditivo, através de seus conceitos e de seu arsenal de ferramentas, ensina a ler as causas desses efeitos.

Sabemos que o volume é a causa e o preço é o efeito: maior demanda, alta; maior oferta, queda. Claro que, na prática, essa lei tem uma aplicação mais complexa, mas é basicamente isso que as ferramentas do Raio X Preditivo ajudam a fazer.

Reconhecendo as causas, é mais fácil e tem maior probabilidade de acerto entender quais serão os efeitos que irão acontecer em um futuro próximo, seja dali a segundos, minutos, horas ou dias.

Outra forma de compreender o Raio X Preditivo é encará-lo como o estudo do comportamento e da atuação dos grandes investidores institucionais, já que podemos considerar que 80% do volume dos negócios nas bolsas do mundo acontecem por conta desses participantes (porcentagem estimada apenas).

Esses grandes players, como já contamos, procuram esconder seus movimentos, disfarçá-los, para não provocar movimentações de preço que prejudiquem sua montagem de posição. De fato, são muitas vezes bem-sucedidos nesse intento.

Mas com as ferramentas e conhecimentos certos é possível detectar as pistas – e são muitas – que eles deixam no gráfico.

8. CONCLUSÃO

A Acumulação é um dos conceitos básicos do Raio X Preditivo e que deve ser compreendido com clareza. Além disso, a Acumulação é apenas uma das partes de um conceito maior que são os Ciclos do Mercado. Ela só pode ser compreendida e detectada completamente se o trader conseguir vê-la num ciclo de mercado completo, sabendo distingui-la de uma distribuição, de uma redistribuição ou de uma reacumulação através de outros sinais, como testes de oferta, testes de demanda, armadilhas de fundo e de topo e dos momentos de absorção. Com isso, ele será capaz de aproveitar os spikes – as pancadas ocasionadas pela atuação agressiva dos investidores institucionais.

Não se trata de ver os investidores institucionais como inimigos. Seria burrice tentar ganhar desses participantes que, através do controle inteligente do volume e do uso dos algoritmos de alta frequência de negociação, são capazes de levar o mercado, praticamente, para onde querem.

Pelo contrário, a intenção é usar esses participantes como aliados, de maneira a acompanhar seus movimentos.

Uma das formas de se conseguir fazer isso é conseguir detectar os momentos em que os big players estão na fase de Acumulação.

Escrito por Luiz Sato

Segundo Sato sua missão é transmitir conhecimento avançado aos traders brasileiros para aplicarem as metodologias e as ferramentas disponibilizadas ao seus alunos aumentando as probabilidades de ganhos nos mercados que são altamente competitivos e dominados principalmente pelos HFT´s (Robôs de alta frequência).

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Comentários

Renato Muniz03/03/2020

Enquanto eles dormem, você LUCRA! Acesse o link e aproveite http://bit.ly/oraculospecialone

Pedro M Tondelli05/04/2020

Obrigado por compartilhar todo este conhecimento Sato. Abraços

João17/04/2020

Muito bom texto Sato.... Muito fácil entender com seus exemplos. Seus textos com esses conceitos básicos deveriam estar lá na página o curso do Raio X. Abraço

valeria03/05/2020

show

JOÃO18/07/2020

Excelente conteúdo. Linguagem simples, fácil de entender, clareza nas explicações e uso de termos conhecidos sem mimimi.... És um monstro.