Criptomoedas: o que é e como investir

As criptomoedas são o futuro? Aprenda sobre as cibermoedas e sobre como elas podem mudar o mundo. Saiba investir nelas usando conceitos avançados sobre volume de negócios

Criptomoedas são o futuro, dizem muitos. Elas foram concebidas para colocarem o dinheiro e o crédito nas mãos das pessoas comuns e tirar esse controle dos bancos – centrais ou não. Amparadas por alta tecnologia e sistemas de criptografia que lhes dão validade, ainda que tenham um foco na independência e liberdade econômica dos indivíduos, atualmente elas são foco de muita especulação financeira. E, nesse sentido, considerando suas características, elas ainda podem valorizar muito, constituindo um excelente investimento no longo prazo. Além disso, sua alta volatilidade – acentuada variação de preço – as fazem excelentes ativos para trades de curto prazo.

Criptomoedas são o tema deste artigo, mas por elas serem, no momento, um ativo muito promissor, queremos dar ênfase para a metodologia que utilizamos para investir e fazer trades em criptomoedas e outros ativos do mercado (ações, contratos, minicontratos, ETFs, BDRs, FIIs e outros). O Raio X Preditivo é uma metodologia que acompanha o volume financeiro de negócios e, por consequência, detecta a posição dos grandes players mundiais em qualquer ativo do mercado, inclusive criptomoedas. O alto volume de negociação das cibermoedas não deixa dúvida: as maiores empresas de investimento estão comprando e vendendo esses ativos e as posições desses big players não podem ser ignoradas. Com a metodologia que queremos aqui apresentar você vai encontrar os momentos certos seja para investir ou fazer trades em criptomoedas.


O QUE SÃO CRIPTOMOEDAS?

Segundo a Wikipédia, uma criptomoeda ou cibermoeda é um meio de troca: assim como o dinheiro como atualmente conhecemos, ela serve para adquirir bens e serviços. Pelo menos essa é a intenção, embora o uso massivo de criptomoedas no “mundo real” esteja apenas engatinhando no momento. Uma das muitas ideias por trás das criptomoedas é permitir que você envie uma quantidade de dinheiro para alguém sem precisar depender de um terceiro – banco, governo, etc – para isso.

As criptomoedas usam tecnologia de blockchain e de criptografia a fim de garantir a validade das transações e da criação de novas unidades da moeda. O blockchain é como um “livro razão” em que absolutamente todas as transações feitas ficam registradas. E a criptografia que envolve todo esse processo impede não só a duplicidade de transações (usar uma mesma unidade da moeda pra, por exemplo, comprar duas coisas diferentes) como fazer a operação inversa.

A maior parte das criptomoedas usa esse sistema de controle descentralizado: o blockchain é operado em uma rede ponto a ponto (peer-to-peer), formada por milhares computadores que possuem uma cópia igual de todo o histórico de transações. Isso impede que uma entidade central promova alterações no registro ou no software unilateralmente sem ser excluída da rede.

Para falar de criptomoedas, é necessário falar do bitcoin, que foi a primeira criptomoeda descentralizada, criada em 2009 por um programador – ou, especula-se, um grupo de programadores - chamado Satoshi Nakamoto. Na verdade, Nakamoto provavelmente é um nome falso para disfarçar a autoria.

Na cola do Bitcoin surgiam diversas outras criptomoedas. Você já deve ter ouvido falar de algumas delas:

  • Ethereum (ETH)
  • BNB
  • Solana (SOL)
  • XRP
  • Terra (LUNA)
  • Cardano (ADA)
  • Avalanche (AVAX)
  • Dogecoin (DOGE)
  • Polkadot (DOT)
  • Shiba Inu (SHIB)
  • Litecoin (LTC)

A lista poderia ser enorme. Num dos sites mais populares com a capitalização de mercado das criptomoedas estão listadas, neste momento, 19.159 moedas e 513 exchanges (empresas em que é possível negociar criptomoedas). A soma em valor de todas essas moedas dá um mercado de US$ 1,8 trilhão. Só o bitcoin representa um mercado de US$ 750 bilhões, no dia de hoje (27 de abril de 2022). O ethereum, por sua vez, representa US$ 350 bilhões.


CRIPTOMOEDAS SÃO O FUTURO?

De início, o mercado viu o surgimento das criptomoedas, particularmente o Bitcoin, com desconfiança. Porém, o que estamos vendo é sua gradativa adoção pela população, ainda que, no momento, essa adoção ainda seja ridiculamente pequena.

El Salvador, país da América Central, por exemplo, adotou o bitcoin como moeda legal. A República Centro Africana, mais recentemente, fez o mesmo. Além disso, as criptomoedas são usadas com certa naturalidade em países como Vietnam, Índia, Paquistão, Ucrânia, Quênia, Nigéria, Venezuela e Estados Unidos, segundo um ranking criado pela Chainalysis, uma empresa global de análise de dados em blockchain.

Certamente, a adoção corrente das criptomoedas no dia a dia das pessoas é fundamental para que elas obtenham sucesso no longo prazo. Até o momento, embora essa adoção seja ainda pequena, ela vem em um crescente.

O que podemos dizer a favor das criptomoedas como o futuro da economia está no seguinte:

  • Tecnologia: o funcionamento das criptomoedas está ligado um tipo de tecnologia que “casa” perfeitamente com as novas ideias que vem surgindo – metaverso, inteligência artificial, big data. Além disso, o blockchain, que as criptomoedas utilizam, é um conceito que se aplica não só a elas, mas a diversas outras interações que exigem autenticação, segurança e, até mesmo, privacidade
  • Descentralização: a ideia de que a economia não precisa depender de bancos centrais é muito atraente. Além disso, diversas criptos são deflacionárias, pois preveem um limite para o número máximo de moedas a ser emitidos. Se não há emissão de dinheiro, não há possibilidade de inflação nessa moeda específica
  • Facilidade de uso: num primeiro momento, as criptomoedas parecem complicadas, mas se você começa a entender que as transações se dão como uma mensagem de e-mail, que vão de um endereço a outro, fica mais simples de entender
  • Cada vez mais empresas reguladas e do sistema financeiro, como bancos e corretoras, adotam instrumentos de investimento indireto em criptomoedas, como fundos de investimento e ETFs (fundos de índice), indicando um maior interesse nesse mercado


QUAIS SÃO AS CRIPTOMOEDAS MAIS NEGOCIADAS?

Neste tópico, vamos ignorar as chamadas stablecoins, criptomoedas cujo objetivo é replicar o comportamento de moedas correntes, como o dólar e o real, por exemplo, o Theter, USDC Coin e o Binance USD, que replicam o dólar. Os volumes de negociação variam muito de dia para dia, mas geralmente o Bitcoin é a mais negociada, seguido sempre pelo ether. O terceiro e o quarto lugar variam e, assim, vamos ficar com aquelas que, neste momento, apresentam a maior capitalização de mercado:

  • Bitcoin: criada em 2009, se você não sabe quais são as outras criptomoedas, ao menos esta você conhece, certamente. Alguns se referem a ela como ouro digital. Geralmente é lembrada quando sofre desvalorizações massivas, mas o que todo o mundo esquece é que em 2010 cada bitcoin valia US$ 0,08 e hoje, mesmo não estando no seu melhor momento, cada um vale US$ 40 mil. Isso significa que se você tivesse comprado US$ 100 em bitcoin em 2010, hoje você teria US$ 50 milhões.
  • Ethereum: o ether é a segunda moeda mais popular dentre as criptomoedas. Sua grande sacada é que o seu protocolo é usado para o lançamento de outros tokens – criptomoedas - com diferentes finalidades. Foi lançado em 2015 e, desde então, passou por enorme valorização. A cotação do Ethereum em 2016 era de US$ 0,99. Hoje está na casa dos US$ 15 mil. Isso significa que, se você tivesse comprado US$ 100 de ethereum naquela época, hoje teria US$ 1,5 milhão
  • BNB: é a moeda da Binance, uma bolsa global de criptomoedas. Foi lançada em 2017. Lançada em julho de 2017, a Binance é a maior exchange de criptomoedas do mundo com base no volume diário de negociação. A Binance visa trazer as exchanges de criptomoedas para a vanguarda da atividade financeira globalmente. A ideia por trás do nome da Binance é mostrar esse novo paradigma nas finanças globais – Binary Finance, ou Binance.
  • Solana: Solana é um projeto de código aberto altamente funcional que se baseia na natureza sem permissão da tecnologia blockchain para fornecer soluções de finanças descentralizadas (DeFi). Enquanto a ideia e o trabalho inicial do projeto começaram em 2017, Solana foi lançado oficialmente em março de 2020 pela Fundação Solana com sede em Genebra, Suíça. O protocolo Solana foi projetado para facilitar a criação de aplicativos descentralizados (DApp). Ele visa melhorar a escalabilidade introduzindo um consenso de prova de história (PoH) combinado com o consenso de prova de participação (PoS) subjacente do blockchain. Por causa do inovador modelo de consenso híbrido, Solana desfruta do interesse de pequenos comerciantes e comerciantes institucionais. Um foco significativo para a Fundação Solana é tornar as finanças descentralizadas acessíveis em maior escala.


É SEGURO INVESTIR EM CRIPTOMOEDAS?

Criptomoedas são ativos extremamente voláteis, podendo ter altas incríveis e quedas de igual proporção em questão de dias ou mesmo minutos. Ao se investir em criptomoedas, deve-se levar em conta essa informação fundamental. Quer dizer, você não vai vender seu carro ou sua casa ou pegar um empréstimo vultoso e colocar tudo em criptomoedas. Qualquer pessoa que queira começar nesse mercado deve empenhar valores que não vão causar perdas totais debilitantes em caso de queda de preço.

Se você está ciente dos riscos de mercado e, ainda assim, decidir apimentar sua carteira de investimentos, pode-se dizer que qualquer volatilidade que ocorra era esperada.

A questão agora são os meios pelos quais você vai investir. Até pouco tempo atrás, só era possível investir por meio de exchanges. As grandes exchanges, a exemplo da Binance, são relativamente seguras. Porém, elas não são reguladas pelas entidades que regulam nossa bolsa de valores e outros investimentos, por exemplo, pela CVM e pela Anbima. Se algo imprevisto acontecer, você terá dificuldade em resolver seus problemas com o amparo das leis brasileiras. Não que as exchanges sejam inseguras em si, sobretudo as de maior porte.

À medida que as criptomoedas vêm sendo mais e mais aceitas, bancos e corretoras vêm lançando fundos de investimento nesses ativos. Sem falar em ETFs (fundos de índice) que são interessantes para quem deseja investir em criptomoedas sob a segurança de uma corretora de valores regulada:

Existem mais ETFs de criptomoedas, mas outras vão surgir.

Se você decidir investir em criptomoedas diretamente, vai precisar guardá-las em uma “carteira virtual”. Na verdade, essa wallet guarda um endereço que pertence só a você e que fica armazenado na blockchain e que é virtualmente impossível de ser encontrado sem a sua chave privada. Sua chave privada não é divulgada e pode ser recuperada através da combinação única de 12 ou 24 palavras. Mesmo que você perca o dispositivo onde sua carteira estava em funcionamento, você pode recuperar suas criptomoedas através dessas palavras (o número de combinações possíveis é igual a 2 elevado a 132, um número tão gigantesco que ultrapassa a compreensão humana). De qualquer modo, se você perder essas palavras você nunca mais recuperará seu dinheiro. E, se você anotar essas palavras (já viu que não pode perdê-las, né?) e alguém encontrar, essa pessoa poderá acessar todas as suas moedas e transferir para si.


VOLATILIDADE E LIQUIDEZ EM CRIPTOMOEDAS

As criptomoedas são ativos de grande liquidez atualmente. Até mesmo ativos derivados, como o ETF HASH11, apresentam boa liquidez em nossa bolsa de valores. Para investidores de pequeno porte, como é o nosso caso, dificilmente encontraremos moedas entre as mais negociadas com problema de liquidez: sempre haverá pessoas comprando e vendendo.

O problema é se você resolver se aventurar em moedas menos conhecidas, por inexperiência. Você pode acabar comprando uma batata quente que não conseguirá passar para frente por não haver quem compre pelo preço que desejaria vender.


COMO ESCOLHER UMA BOA CORRETORA PARA INVESTIR EM CRIPTOMOEDAS

Se você prefere investir de uma maneira mais formal em criptomoedas, pode escolher qualquer corretora de valores brasileira listada na B3 e na CVM. Nela você não só vai encontrar fundos de investimento em criptomoedas como também vai encontrar os ETFs, que são os fundos de índice, fundos dos quais você compra cotas (como se fossem ações) e se expõem às mesmas variações de preço a que estão sujeitas as criptomoedas das quais eles são compostos.

A outra opção é investir diretamente nas criptomoedas. Para isso, você terá que se cadastrar numa exchange, depositar o dinheiro e começar a comprar as suas moedas, mais ou menos como se negocia ações. Por exemplo, você não vai necessariamente comprar um bitcoin inteiro, pois um único bitcoin custa US$ 40 mil. Mas apenas uma parte dele. Dá até mesmo para comprar o equivalente a US$ 10 apenas de um bitcoin por exemplo.

A dica, nesse caso, é escolher uma exchange estabelecida e com certa reputação, entre as grandes do mercado. A maio delas, atualmente, é a Binance. Grande ou não, estabelecida ou não, lembre-se de que essas empresas não são reguladas no Brasil.


CUSTOS E TAXAS DE NEGOCIAR CRIPTOMOEDAS

A negociação de criptomoedas vai variar de acordo com a modalidade escolhida:

  • ETFs: aqui se aplicam as taxas da corretora e da bolsa de valores. Taxa de corretagem (quando há), taxas de negociação da bolsa, ISS e Imposto de Renda (que incide sobre o lucro quando da venda.
  • Fundos de investimento: aqui a taxa de administração é a principal e tem o imposto de renda sobre o lucro, que é debitado na fonte.
  • Exchanges: costumam cobrar taxa de negociação. A Binance – e possivelmente outras exchanges também – só estão cobrando taxas de ordens a mercado. Ordens limitadas, isto é, aquelas que são a um preço específico a que a cotação não chegou ainda, não tem cobrança na Binance, por exemplo, sobretudo se o investidor programou a plataforma a cobrar em BNB, o token dessa corretora.


USANDO OS CONCEITOS DO RAIOX PREDITIVO EM CRIPTOMOEDAS

Os conceitos do Raio X Preditivo funcionam para qualquer tipo de mercado em que tenhamos volatilidade, participação institucional (big players) e, consequentemente, volume.

A partir do volume – com a leitura dos conceitos e ferramentas do Raio X Preditivo – encontramos as posições dos big players e as faixas de preço que estão defendendo, se estão distribuindo ativos ou acumulando, prevendo com maior assertividade, antes que aconteçam, os momentos de queda e alta acentuados.

Para o Raio X Preditivo, o volume é a CAUSA do movimento de preço. Metodologias que se baseiam no preço e indicadores derivados do preço ficam em desvantagem, pois estão focando no EFEITO: isto é, estão olhando para o passado para a tomada de decisões. Enquanto o Raio X Preditivo, olha para o presente, a partir do que está acontecendo e do que aconteceu com o volume.

Como a maior parte do volume dos mercados, inclusive o de criptomoedas, é de responsabilidade dessas megaempresas de investimento, também podemos dizer que essa metodologia é o estudo do comportamento de tais participantes fortes. Desse modo, podemos afirmar que o método utiliza as intenções desses big players a favor do investidor e do trader a fim de encontrar pontos de boa assimetria de risco: perder pouco quando perde e ganhar muito quando ganha.


CONCLUSÃO SOBRE AS CRIPTOMOEDAS

Tudo indica que, de fato, as criptomoedas vieram para ficar e, em breve, poderão estar ditando os rumos econômicos. A dica é que se você pretende apimentar sua carteira de investimento com esses ativos, encare-os mesmo como “pimenta”. Você não coloca demais esse tempero em seu prato sob o risco de estragar toda a refeição. Além disso, convém estar munido de uma ferramenta de análise que leve em conta a posição daqueles investidores que não jogam para perder, os big players. Através das posições desses investidores institucionais podemos encontrar parâmetros para nossa tomada de decisão. Essas posições e atuações são determinadas pelo volume e, no quesito volume, o Raio X Preditivo é a metodologia que nos dá a melhor leitura.

Escrito por Luiz Sato

Segundo Sato sua missão é transmitir conhecimento avançado aos traders brasileiros para aplicarem as metodologias e as ferramentas disponibilizadas ao seus alunos aumentando as probabilidades de ganhos nos mercados que são altamente competitivos e dominados principalmente pelos HFT´s (Robôs de alta frequência).

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