Por que você só toma na cabeça quando usa a Teoria de Dow para operar nos mercados
A contribuição de Dow, elaborada por Charles Henry Dow em 1884 (há quase um século e meio, portanto), é inegável e ela serve muito bem para observar o comportamento passado dos mercados.
Porém, se queremos operar os mercados, precisamos estar um passo adiante.
Ainda assim, a maioria dos cursos de trade que vemos por aí se baseiam por completo em observação do preço, se baseando na Teoria de Dow.
Neste artigo, queremos mostrar como metodologias nela baseadas levam o trader inevitavelmente ao erro. Vamos provar, com imagens reais do que acontece na bolsa de valores que a Teoria de Dow aplicada em seus princípios induz ao inevitável ERRO.
Primeiro quero trazer até você os pontos básicos da Teoria de Dow e, em seguida, vamos mostrar por que elas podem provocar o seu prejuízo.
Eis as premissas derivadas da Teoria de Dow frequentemente usadas pelos traders para fazerem suas operações:
- Os preços movimentam-se formando topos e fundos ascendentes quando em tendência de alta e, ao contrário, topos e fundos descendentes quando em tendência de baixa
- As médias devem se confirmar: conceito de que as médias são uma referência confiável da percepção do mercado e que gerou princípio de que “as médias descontam tudo”, uma vez que refletem as convicções de todos os players. Desde então, as médias móveis invadiram os setups dos trades e até hoje são utilizadas com frequência como parâmetro de suporte e resistência, além da velha conhecida estratégia de cruzamento das médias
- As tendências dever ser confirmadas pelo volume: segundo Dow, para que uma tendência seja confirmada, há necessidade de que seja acompanhada pelo aumento consecutivo do volume, atestando o comprometimento do mercado com tal movimento
OS PREÇOS MOVIMENTAM-SE EM TOPOS E FUNDOS: CILADA, BINO
Está certo, ué. Mas se você usar isso como referência para operar, vai quebrar a cara.
Dizer que os preços se movimentam em topos e fundos é o mesmo que dizer que a chuva cai pra baixo e os aviões se afastam do chão ao decolar. É uma observação do que está acontecendo e de algo que não poderia ser diferente da realidade.
Ninguém espera que o mercado suba fazendo topos e fundos descendentes ou que caia fazendo topos e fundos ascendentes.
Como funciona isso para os traders que usam a Teoria de Dow?
Digamos que o mercado, em um primeiro momento, esteja em tendência de queda, fazendo topos e fundos descendentes.
A seguir, a tendência de queda se encerra. O mercado começa a fazer o topos e fundos ascendentes.
O trader que usa a teoria de Dow decide esperar que a tendência se confirme, formando pelo menos mais um fundo e um topo ascendente. Tão logo o primeiro topo seja rompido para cima, ele entra comprando, pois, segundo a teoria de Dow, a tendência de alta se confirma e o ativo “vai pra lua” agora.
E qual não é a surpresa dele! O ativo rompeu o topo anterior e, então, volta a despencar.
Veja o exemplo abaixo:
Perceba como, logo depois do “topo ascendente” o mercado DESPENCA.
Como o Raio X trabalha com topos e fundos
No Raio X Preditivo, nós estudamos o comportamento institucional.
Uma das ferramentas usadas pelo Raio X Preditivo é o Sato’s Stop or Move, que através dos conceitos de Fibonacci e Ondas de Elliot unidos com a experiência de quase 30 anos do trader Luiz Sato, aponta os pontos prováveis em que os investidores institucionais (big players) vão segurar o mercado.
Sobre os topos e fundos é aplicado o conceito de ABC do Raio X Preditivo: o mercado monta um pivot e ao chegar à zona de alta probabilidade apontada pelo indicador, retorna. Vale para alta e para a queda.
Portanto, fundos e topos ascendentes, não poucas vezes são uma oportunidade não de comprar (a favor do mercado), mas de vender (contra a tendência). E topos e fundos descendentes, são uma oportunidade não para vender, mas para comprar!
Veja o mesmo exemplo acima, desta vez analisado com o indicador Sato’s Stop or Move.
Observe que o ponto em que é formado o topo ascendente, com o rompimento do topo anterior coincide com a zona de alta probabilidade apontada pelo Sato’s Stop or Move. Ao mesmo tempo o volume, apontado pelo Sato’s Force Histograma e pelo Sato’s Force Histograma Fractal, é menor do que o formado na primeira pernada da alta, indicando desinteresse institucional.
Outro exemplo de traders que usam a teoria de Dow tomando na cabeça
Desta vez os topos e fundos são descendentes. Tão logo o fundo anterior seja rompido pra baixo, o trader que usa a Teoria de Dow vende o ativo. Num primeiro momento, o trade parece estar dando certo.
Mas veja o que acontece depois:
Ok, então mudou a tendência! Vou virar a mão e entrar comprando, vai pra lua!, diz o trader que usa a Teoria de Dow. Veja o que acontece:
AS MÉDIAS DEVEM SE CONFIRMAR: OUTRA CILADA, BINO!
Um conceito derivado da Teoria de Dow diz que as médias são uma referência confiável da percepção do mercado e que elas descontam tudo, uma vez que refletem as convicções de todos os players ao mesmo tempo. A partir disso, as médias móveis invadiram os setups dos traders e até hoje são utilizadas com frequência como parâmetro de suporte e resistência, além da velha conhecida estratégia de cruzamento das médias.
Você sabe... se uma média curta, digamos de 72 períodos, cruzando pra baixo uma média longa, digamos de 200 períodos, é venda na certa, para os juvenais do mercado. Como no exemplo abaixo:
Note que, na ocasião do cruzamento, já aconteceu uma queda expressiva. Só isso já deveria nos deixar desconfiados, apontando o atraso com que esse “setup” nos dá as entradas.
Veja o que aconteceu depois:
Uma alta de 750 pontos!
Mas calma, Juvenal! A média de 72 cruzou a de 200 pra cima! Está na hora de comprar.
Pois veja o que aconteceu!
Uma queda de 780 pontos!
E, agora, a média de 72 cruzou de novo a de 200 para baixo. Eu me pergunto se o trader, depois de ter levado dois olés do mercado estará confiante pra vender... mais fácil que ele fique de fora ou, pior, entre comprando... pois veja o que aconteceu:
Desta vez caiu mesmo...
Mas isso, em vez de comprovar o funcionamento dos cruzamentos das médias, só mostra a sua inconsistência.
Não dá pra confiar.
Como o Raio X encara o mesmo cenário
O mesmo ativo, no mesmo período, analisado pelos conceitos e ferramentas do Raio X Preditivo, muda de figura.
Note como a zona de alta probabilidade projetada pelo Sato’s Stop or Move, coincide inicialmente com o começo da alta e com uma queda do volume na venda.
Depois do movimento de alta, observamos no Sato’s Force Histograma uma queda no volume nos movimentos para cima (indicando desinteresse institucional no movimento de alta). E, a seguir, o preço, mesmo rompendo o topo anterior para cima, DESPENCA.
AS TENDÊNCIAS SÃO CONFIRMADAS PELO VOLUME: A RECEITA PRA SER ATROPELADO PELOS BIG PLAYERS
Segundo Dow, para que uma tendência seja confirmada, há necessidade de que seja acompanhada pelo aumento consecutivo do volume, atestando o comprometimento do mercado com tal movimento.
Então, os juvenais do mercado, numa tendência de alta, veem um rompimento de topo para cima. Não bastasse isso, esse rompimento vem acompanhado de intenso volume! E olha que o mercado já vinha subindo há algum tempo! Hora de comprar certo?
Muito bem, vamos ver alguns exemplos dessa tal de “tendência confirmada pelo volume”.
Repare, acima, o forte movimento de alta. Não bastasse isso, o volume é enorme, mostrado pelo Sato’s Force Histograma, em azul, plotado logo abaixo do movimento. Um bom momento para comprar, segundo a Teoria de Dow.
Veja o que acontece depois:
Acima, você vê que o preço lateraliza um tempo e, depois, despenca.
Mas o que aconteceu? O volume não confirma a continuidade do movimento?
O que a Análise Técnica velha ignora é que existe um conceito no Raio X Preditivo chamado ABSORÇÃO.
Na absorção, os investidores institucionais, os big players absorvem passivamente as ordens de compra dos juvenais empolgadinhos, que dão liquidez para as vendas desses big players.
Note como, logo depois do movimento de alta, o volume caiu (desinteresse institucional e esgotamento da demanda) e, pouco depois, ocorre uma PANCADA na queda (um POW! como costumamos chamar no Raio X Preditivo).
E uma queda com volume (note o histograma em vermelho no movimento de queda). Quer dizer, é hora de vender, segundo a Teoria de Dow.
Ledo engano, Juvenal!
Os big players novamente, agora, estavam absorvendo as vendas dos juvenais desesperados que compraram topo (porque subiu com volumes, risos) e precisavam se desfaze de suas posições para amenizar seus prejuízos.
Veja o que aconteceu:
POW pra cima!
E com volume!
Hora de comprar (segundo a Teoria de Dow).
E, mais uma vez, o preço lateraliza (distribuição, quer dizer, os big players estão distribuindo ativos para os otimistas).
E cai. POW! pra baixo:
E, a seguir, nas imagens abaixo, vemos o preço, sucessivamente dando verdadeiros olés em quem acredita que volume alto confirma a tendência.
Por fim, neste último exemplo, temos um volume monstro na pernada de alta, indicado pelo Sato’s Force Histograma.
Quem opera a Teoria de Dow e desconhece o conceito de ABSORÇÃO do Raio X Preditivo, certamente, comprou nessa hora, imaginando que o preço do ativo iria até as estrelas.
Mas qual o quê... eram os big players distribuindo ativos para os juvenais que estavam comprando como se não houvesse amanhã.
Entenda isso: os institucionais AMAM otimismo para que eles tenham liquidez para se desfazer de suas posições compradas a preços vantajosos para eles.
E tão logo tenham se desfeito de papéis suficientes, eles dão um POW! pra baixo.
Veja o que aconteceu:
CONCLUSÃO
Mostramos pra você imagens reais do mercado, pregões que aconteceram e que fizeram muita gente que usava a teoria de Dow perder dinheiro no mercado!
Com isso, não estamos contrariando a Teoria de Dow. Ela tem o seu papel no entendimento do mercado tal como ele se apresenta. São “leis” que explicam o mercado. Mas elas não servem para operar.
Observamos, no entanto, provas reais da lentidão nos sinais de reversão utilizando tal teoria e seus princípios.
No Raio X Preditivo, conseguimos ter uma leitura de oferta e demanda limpa e em tempo real através dos conceitos avançados de volume, armadilhas de topo e fundo, ondas corretivas ABC, falta de demanda, falta de oferta, euforia de topo, pânico de fundo, monitoramento dos preços médios dos big players, dos volumes compradores e vendedores utilizando um arsenal de indicadores especialmente pensados para aplicar tais conceitos.